Relação diádica e qualidade de vida de pacientes com insuficiência renal crónica

  1. Roxo Rodrigues Cravo Barata, Nuno Eduardo
Dirixida por:
  1. Emilio Gutiérrez García Director

Universidade de defensa: Universidade de Santiago de Compostela

Fecha de defensa: 26 de novembro de 2009

Tribunal:
  1. Luis Carlos Abecia Inchaurregui Presidente/a
  2. Xosé Manuel Otero López Secretario/a
  3. Luis Fernández Ríos Vogal
  4. José Luis Rodríguez-Arias Palomo Vogal
  5. Valentín Escudero Carranza Vogal

Tipo: Tese

Resumo

Objectivo. O presente estudo transversal de carácter descritivo, exploratório e correlacional teve como objectivos: (1) verificar a influência do ajuste diádico (AD) na qualidade de vida (QDV) do paciente com insuficiência renal crónica (IRC) e o nível de sintomatologia do paciente tendo em conta alguns aspectos importantes como é o caso do factor cronicidade e (2) verificar a influência do ajuste diádico sobre as características clínicas da evolução da IRC. Métodos. A amostra é constituída por 125 participantes portadores de IRC. Destes, 31 encontravam-se a efectuar TSR por diálise peritoneal automatizada (DPA) e 94 por hemodiálise (HD). Os participantes foram seleccionados de três centros renais: (1) Centro Renal da Prelada (Porto); (2) Centrodial (São João da Madeira); e Centro Renal da Misericórdia de Paredes (Paredes). O estudo realizou-se durante 6 meses. Aplicou-se os seguintes instrumentos: Questionário Sócio-demográfico e clínico (QSD&C); Dyadic Adjustment Scale (DAS); World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-Bref); e Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS). Resultados. Os resultados demonstram a existência de diferenças estatisticamente significativas entre o tipo de TSR, os parâmetros clínicos, a presença de co-morbilidade (diabetes mellitus) e a maioria dos domínios de QDV, bem como, a existência de correlações negativas e estatisticamente significativas entre os anos em TSR e a maioria dos Domínios da QDV e correlações negativas e estatisticamente significativas entre os anos em TSR e a sintomatologia psicológica. Verifica-se, igualmente, correlações negativas e estatisticamente significativas entre a QDV e a sintomatologia psicológica. Constata-se a existência de algumas correlações positivas e estatisticamente significativas entre o AD e a QDV. Os resultados demonstram a existência de correlações negativas entre a maioria das sub escalas da DAS e da HADS. O estudo revela também a existência de diferenças estatisticamente significativas entre as sub escalas da DAS e os parâmetros clínicos, co-morbilidade e tipo de TSR. Conclusão. O presente estudo demonstra que o tipo de TSR, os anos em TSR, os parâmetros clínicos, a presença de diabetes mellitus e a sintomatologia psicológica influem a percepção de QDV dos indivíduos com IRC, bem como, que um melhor AD implica melhor percepção de QDV, melhor sintomatologia psicológica, melhores parâmetros clínicos e melhor percepção de AD nos IRC submetidos a TSR por DPA.